Faculdade de Enfermagem e de Medicina pode ficar sem docentes em 2020, aponta Jorge Vianna

Deputado cobrou do Executivo conclusão de plano de carreira para docência da ESCS

Por Kleber Karpov

O deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), utilizou a tribuna da Câmara Legislativa do DF (CLDF), nesta quarta-feira (4), para alertar para o risco de, em 2020, a Escola Superior de Ciências de Saúde (ESCS), pode ficar sem preceptores e docentes. O deputado cobrou do Executivo, a conclusão do plano de carreira de docentes e trabalhadores de ensino para evitar prejuízo aos estudantes da faculdade.

Segundo Vianna, o problema ocorre devido a falta de carreira específica e o anúncio da suspensão da gratificação concedia aos servidores da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), que atuam como preceptores e docentes da ESCS. “SE esses profissionais não tiverem essa gratificação para continuar na preceptoria dos esses acadêmicos, não vai ter mais preceptor e docentes na faculdade de enfermagem e medicina da ESCS.”

Gratificação

Segundo Vianna, os servidores foram informados sobre o fim da concessão gratificação, atualmente variável entre R$ 630 a R$ 1.040. Benefício esse que, se retirado, sem que se tenha o plano de carreiras para a docência da ESCS, pode prejudicar os estudantes. “Nós corremos um risco muito grave de ano que vem, não termos professor de medicina e enfermagem, na ESCS.”

Carreira

Vianna explicou que, desde a criação, a ESCS convive com a falta de uma carreira específica de docentes e demais profissionais necessários ao funcionamento do curso superior. E que a ESCS, ao longo dos últimos anos, passou a conviver com o impasse, de ter os servidores devolvidos à SES-DF ou de se abrir concurso público.

“Lá temos os trabalhadores, servidores da Secretaria de Saúde, que fazem parte da carga horária nos hospitais de origem onde trabalham, e a outra como docentes, seja preceptor ou professor na ESCS. Desde que foi criado a ESCS não houve o planejamento de estrutura de docentes e de trabalhadores em geral. Não existe uma carreira específica desses trabalhadores. ”.

O deputado lembrou ainda que, na gestão do ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), houve o encaminhamento de um projeto de lei, falho, para apreciação da CLDF, o que resultou na desaprovação pela Casa. E, que a atual, chegou a elaborar a minuta de um novo PL, porém, ainda sem envio para apreciação do Legislativo.

“Diante desse impasse, gostaria que o governo finalizasse de vez esse projeto, que cria a carreira e estabelece a norma definitiva para os trabalhadores e enviasse aqui para a Câmara para a gente aprovar, ou ao menos discutir.”, sugeriu Vianna.

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