Vianna lembra que tal concessão poder abrir precedente com reflexos na redução de recursos para custeio da saúde pública do DF
Por Kleber Karpov
Na noite de terça-feira (10), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), utilizou a tribuna da Câmara Legislativa do DF (CLDF), para justificar o voto contrário ao Projeto de Lei (PL), nº 748/2019, de autoria do Executivo, que permite ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), construir Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) no DF. PL foi aprovado com 14 votos favoráveis, oito contrários e duas abstenções.
Para Vianna, os oito parlamentares, contrários ao PL, perceberam que o IGESDF responsável pela gestão dos hospitais de Base do DF (HBDF), Regional de Santa Maria (HRSM), além das seis UPAs do DF, ao longo do ano “viram que não mudou, absolutamente nada”, disse ao agradecer os colegas.
O deputado questionou a nova missão dada ao IGESDF, o que considerou perigoso, pois posteriormente, outras concessões podem ser realizadas pelos deputados, o que vai onerar o custeio da saúde pública do DF.
“Se hoje você autoriza o IGESDF a construir uma upa, amanhã autoriza para um hospital e depois, uma ponte e esse recurso dessa ponte sai de onde? Da secretaria de Saúde, pois esse recurso vem da saúde. Quando transfiro [a permissão de construir UPAs] para o IGESDF e deixo ele construir, daqui a pouco do dinheiro que era para fazer a compra de um medicamento, de ambulância vai para construir paredes, e isso não é razoável. Infelizmente continuamos com a mesma postura, aqui na Câmara Legislativa”, disse Vianna.
Confira a manifestação